Galáxias Avarentas

29 de Junho de 2015
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As galáxias são conjuntos de centenas de milhares de milhões de estrelas. Mas sabia que algumas galáxias crescem ainda mais, ao devorar galáxias mais pequenas?

Já há algum tempo que os astrónomos põem esta hipótese mas têm tido dificuldades em prová-la. Depois de uma galáxia ter sido engolida, é praticamente impossível encontrar evidências de que tenha existido. É como procurar água lançada de um balde para um lago. Ela mistura-se rapidamente, sem deixar rasto.

Da mesma forma, as estrelas da galáxia mais pequena dispersam-se pela galáxia maior, tornando-se quase impossível dizer qual a galáxia de origem das estrelas. Mas os astrónomos pensaram agora numa forma inteligente de encontrar a galáxia devorada. Observam as nuvens de poeira e gás cósmico que se designam como nebulosas planetárias.

As nebulosas planetárias são menos comuns do que as estrelas, e podem ser encontradas muito mais facilmente do que as estrelas individuais.

Agora, imagine de novo a água do balde a ser atirada para o lago. Mas neste caso, trata-se de uma água barrenta. Quando ela se junta à do lago, podemos ver pedaços de lama a mover-se por entre as ondas da superfície.

As nebulosas planetárias funcionam como as partículas de lama, e mostram-nos as ondas da galáxia pequena a mover-se através da galáxia maior.

Esta técnica foi utilizada numa famosa galáxia elíptica gigante - a Messier 87. Os astrónomos observaram 300 nebulosas planetárias no seu interior, e descobriram que tem um segredo obscuro. Nalgum momento do último milhar de milhões de anos, esta galáxia engoliu uma galáxia em espiral!


Cool Fact!

Tentar encontrar uma nebulosa planetária em Messier 87 é o mesmo que tentar encontrar uma lâmpada de 60 watts em Vénus, a partir da Terra!

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This Space Scoop is based on a Press Release from:
ESO
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